sábado, 4 de agosto de 2012



TRADUÇÃO DA BÍBLIA 

PARA O ALEMÃO


 Bíblia de Lutero (ou Bíblia Luther) é uma tradução alemã da Bíblia, produzida por Martinho Lutero, impressa pela primeira vez em 1534. Esta tradução é considerada como sendo em grande parte responsável pela evolução da moderna língua alemã.
"A tarefa de traduzir a Bíblia, que ele assumiu o absorveu até o final de sua vida."  Em (1521 - 1522) Lutero começou a traduzir o Novo Testamento para o Alemão, a fim de torná-la mais acessível a todas as pessoas do "Sacro Império Romano-Germânico". Ele usou a segunda edição de Erasmo de Roterdão do Novo Testamento grego (1519). O grego texto de Erasmo viria a ser conhecido como Textus Receptus. Para ajudá-lo na tradução Lutero fez incursões nas cidades próximas e nos mercados para ouvir as pessoas falando. Ele queria garantir que sua tradução seria a mais próxima possível da linguagem contemporânea. A Bíblia Luther Foi publicada em setembro de 1522, seis meses após ele ter retornado a Wittenberg.
Na opinião do teólogo do século XIX, Philip Schaff:
"Os mais ricos frutos do trabalho de Lutero em Wartburg, e também o mais importante e útil trabalho de toda sua vida, é a tradução do Novo Testamento. Por que ele trouxe o ensino e o exemplo de Cristo e dos Apóstolos para a mente e o coração dos alemães na vida cotidiana. Foi uma republicação do evangelho. Ele levou a Bíblia ao povo na igreja, na escola e nas casas."
A tradução de toda o Bíblia em Alemão foi publicada em 1534, um um esforço cooperativo de Lutero, Johannes Bugenhagen, Justus Jonas, Caspar Creuziger, Philipp Melanchthon, Matthäus Aurogallus, e Georg Rörer. Lutero trabalhou na refinação da tradução até a sua morte em 1546: ele tinha trabalhado na edição que foi impressa naquele ano.
Lutero introduziu a palavra alleyn que não aparece no texto grego origina no capítulo 3:28 da Epístola aos Romanos. O que gerou controvérsia. Porém, Lutero justificou a manutenção do advérbio como sendo uma necessidade idiomática do alemão como por ser a intenção de Paulo.
A tradução de toda a Bíblia em outras línguas foi considerada um divisor de águas na história intelectual da Humanidade. Cronologicamente temos: em francês, publicada em 1528 por Jacques Lefevre d’Étaples (ou Faber Stapulensis); em espanhol: publicada em Basileia em 1569 por Casiodoro de Reina(Biblia del Oso); em tcheco publicada em Kralice entre 1579-1593; em inglês: Bíblia do rei James, publicada em 1611; em neerlandês: the States Bible, em 1637.
Algumas teses 



3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.


8ª Tese
Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.

28ª Tese
Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.


48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.

93ª Tese
Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.



As 95 teses 



Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante, de onde posteriormente veio a Igreja Presbiteriana, e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas. 



As 95 Teses de Martinho Lutero marcaram o início do que seria a Reforma Protestante.
No início do século XVI, a Igreja Católica praticava algumas ações abusivas e que tinham como intuito satisfazer o interesse de alguns clérigos. Uma das práticas inadequadas praticadas por tais católicos era a venda de indulgências. As indulgências são as formas propostas pelos religiosos para que os fiéis paguem seus pecados através de penitências, mas o que vinha acontecendo era a venda de bênçãos. Os fiéis eram levados a pagar em valores financeiros para ter seus pecados supostamente perdoados pelos clérigos.
Martinho Lutero era um padre da Igreja Católica que lecionava teologia na região do que viria a ser a Alemanha. Conhecendo tais práticas inadequadas que haviam se tornado comuns no ambiente católico, manteve uma postura dura de oposição. Martinho Lutero acreditava que o tráfico de indulgência que ocorria poderia levar a um processo que culminaria na crença das pessoas de que pagar para aliviar os pecados resolveria plenamente, deixando de lado a confissão e o verdadeiro arrependimento esperados em uma boa conduta de cristãos.
Entre os anos de 1516 e 1517, Marinho Lutero proferiu três sermões atacando a prática das indulgências. Mas o ápice de seu manifesto contra tais práticas deturpadas da fé católica foi a afixação de suas 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg.
As 95 Teses de Martinho Lutero foram afixadas no dia 31 de outubro de 1517, nelas o padre convidava os teólogos católicos a uma discussão sobre penitência, indulgência e salvação pela fé. Martinho Lutero condenava em suas teses o que identificava como avareza e paganismo no seio da Igreja Católica, atacando a prática de um abuso.
Rapidamente, as teses de Martinho Lutero se espalharam pelo mundo católico europeu. Em apenas duas semanas, as teses foram traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. De tal forma que, nesse período, se espalhou por toda a região da Alemanha e, nos próximos dois meses, conquistou toda a Europa. Embora o Papa não tivesse sido questionado diretamente pelas 95 Teses de Martinho Lutero, nem quanto a autoridade ou quanto as indulgências, a resposta foi severa e grosseira. Lutero foi chamado de alemão bêbado que não tinha consciência do que escrevia pelo próprio Supremo Pontífice da Igreja Católica. E o Papa continuou pressionando, exigiu que Martinho Lutero retirasse seus escritos, em 1520. O alemão se recusou a anular seus escritos e foi excomungado em 1521 e passou a ser considerado como um fora-da-lei pelo imperador Carlos I, da Espanha.
O protesto de Martinho Lutero acabou se tornando no movimento inicial da Reforma Protestante, que acabaria por apresentar novas condutas e práticas para os cristãos, modernizando a prática medieval do culto católico. Da Reforma Protestante surgiram novas religiões também cristãs, mas que não deviam mais reverência ao papa.